geoeconomica
GE803 – GEOLOGIA ECONÔMICA – C:06
DEPÓSITOS DE OURO E METAIS ASSOCIADOS EM TERRENOS METAMÓRFICOS
Introdução
A concentração média de Au na crosta terrestre é da ordem de 0,0035 g/t ou 3,5 ppb. Rochas ígneas contêm de 1,5 ppm (riolitos) a 6,6 ppb (ultramáficas) Au, enquanto as rochas sedimentares mostram esse mesmo intervalo de variação de teor. Logo, para se formar um depósito hidrotermal econômico de Au no interior da crosta, com teor de 7 a 10 g/t, é preciso que processos geológicos e fluidos resultantes venham a concentrar de 2000 a 3000 vezes o valor médio de Au da crosta.
Mineralizações auríferas no tempo geológico.
Durante a história geológica do planeta, o período entre 3,0 e 2,5 Ga foi o mais favorável para a concentração de Au, mas acumulações importantes ocorreram desde o Cambriano, particularmente a partir do Mesozóico. A cada um desses episódios de deposição do ouro estão associados conjuntos de depósitos com características distintas.
No Arqueano, de um total de 51.000 t Au, 37.000 t foram extraídas dos depósitos auríferos em metaconglomerados da Bacia de Witwatersrand, África do Sul, cuja origem tem sido interpretada, em parte, como sedimentar. O restante dessa produção é proveniente de depósitos auríferos hospedados em terrenos metamórficos, particularmente em greenstone belts, e mais subordinadamente em faixas de dobramento do Fanerozóico.
No Mesozóico-Cenozóico, as grandes concentrações de ouro deveram-se aos depósitos de Cu-Mo-Au do tipo pórfiro e Au-Ag-metais bases do tipo epitermal, ambos relacionados com a atividade vulcânica e eventos intrusivos.
Características Geológicas dos depósitos auríferos em terrenos metamórficos
Rocha Hospedeiras
A característica mais típica desses depósitos é sua associação com terrenos metamórficos e polideformados de todas as idades, dos greenstone belts Arqueanos em áreas cratônicas, aos cinturões de dobramento do Fanerozóico.