Atualmente são conhecidos mais de 200 distúrbios metabólicos hereditários 1 . A maioria é de herança autossômica recessiva; alguns são determinados por genes recessivos ligados ao X (síndrome de Lesch-Nyhan; síndrome de Hunter) e raros os de herança autossômica dominante(porfiria hepática; uma das formas de hipercolesterolemia familiar) ou dominante ligada ao X(deficiência de ornitina-carbamil-transferase), outros mostrando, também, heterogeneidade genética. A herança recessiva da maioria das deficiências enzimáticas é compreensível, pois os níveis da maior parte das enzimas, nas células, não se limitam as reações, isto é, o heterozigoto, com cerca de 50% do nivel enzimático normal, geralmente é capaz de sintetizar o produto final da rota prejudicada, em quantidades normais. São exceções os casos onde os heterozigotos podem se manifestar alterações clínicas, por exemplo quando o produto gênico faz parte de um complexo multimérico. Por outro lado, quando as proteínas envolvidas são não-enzimáticas, como os receptores ou proteínas estruturais, seu padrão de herança é dominante, causando doenças mesmo quando o gene está em heterozigose, conforme se verifica entre as doenças hereditárias do colágeno. A maioria dos erros metabólicos hereditários nos quais seja identificado um produto gênico deficiente ou anormal pode ser diagnosticado pré-natalmente. Isso pode ser feito por análise bioquímica de aminoácidos cultivados, obtidos por meio de amniocentese, análise das vilosidades coriônicas ou estudo do DNA.O mecanismo processa-se em uma série gradativa de reações, cada etapa sendo catalisada por uma enzima específica. Normalmente, uma enzima catalisa a conversão de um substrato em um produto. A maior parte das enzimas(holoenzimas) é composta de uma apoenzima, ligada a uma coenzima(geralmente vitamina), que é o principal componente de centro ativo da enzima.
A via metabólica pode ser bloqueada em qualquer etapa, se a enzima necessária para esta estiver deficiente ou