A importância da política de medicamentos genéricos no Brasil é inegável, considerando-se a importância e volume do setor público, a exclusão social presente, o tamanho de nosso mercado e as mudanças no perfil de demanda, em especial aquele gerado com o envelhecimento populacional e que leva a um aumento dos medicamentos de uso contínuo. Essa realidade justificou e afirmou a necessidade da criação da Lei de Genéricos (Lei nº 9.787/99) no país, a qual foi inicialmente alvo de críticas das indústrias farmacêuticas, devido a essas acharem que perderiam importantes fatias do mercado de medicamentos, os quais eram tratados por essas como quaisquer outros objetos capazes de gerar lucros. A implementação de uma política de medicamentos genéricos representou o rompimento do monopólio das marcas de fantasia que a indústria estipulava. Para a população representou o surgimento de alternativas que disciplinariam o mercado farmacêutico no Brasil, possibilitando maiores condições para o acesso aos medicamentos principalmente para os contingentes populacionais de poder aquisitivo mais baixo. O surgimento dos genéricos permitiu a possibilidade da compra continua dos medicamentos necessários, os quais teriam qualidade, menor preço, segurança e eficácia terapêutica; podendo assim ser uma possibilidade de contribuição para a promoção do uso racional de medicamentos que é indispensável aos cuidados para a preservação da saúde. A Lei dos Genéricos foi um dos grandes marcos na história da assistência farmacêutica do país. A aprovação desta lei criou condições para a implantação da Política de Medicamentos Genéricos, que coloca o país em condições de trilhar os caminhos ideais para o alcance da promoção da saúde brasileira, possibilitando alternativas terapêuticas viáveis a população. Dentre as suas mudanças positivas no campo da saúde pode-se destacar a modificação do comportamento dos profissionais de saúde, especialmente dos