genericos
Tire suas dúvidas sobre as três categorias de medicamentos disponíveis nas farmácias brasileiras
POR MARIANA VIKTOR
ILUSTRAÇÕES MARCELO GARCIA
Faz alguns anos que os termos medicamento genérico, similar e de referência passaram a fazer parte do vocabulário cotidiano de médicos, pacientes e farmacêuticos - mas ainda assim muita gente fica em dúvida na hora de decidir entre eles. Os remédios genéricos têm o mesmo efeito dos tradicionais? Por que são mais baratos? Qual a diferença entre genérico e similar? Conversamos com Terezinha de Jesus Andreoli Pinto, diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que responde essas e outras dúvidas sobre o assunto. Confira.
0 que é medicamento de referência?
É o remédio inovador cuja eficácia, segurança, qualidade e biodisponibilidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal responsável na ocasião do registro. Está há muito tempo no mercado, é bastante conhecido e, geralmente, foi o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença. Quando o inovador ou a referência não possui registro no país, considere-se referência o produto líder de mercado, com eficácia, segurança e padrões de qualidade comprovados.
E o genérico?
É o que possui o mesmo princípio ativo, o mesmo efeito, as mesmas contra-indicações, a mesma dosagem, a mesma forma farmacêutica (drágea, líquido, pomada, injetável) e a mesma indicação terapêutica de um medicamento de referência. Ambos são intercambiáveis, ou seja, é possível tomar o remédio genérico no lugar do tradicional e vice-versa, com toda segurança. O que pode variar de um genérico para um produto de referência são os chamados excipientes - substâncias inertes que são agregadas à medicação para tornar seu uso mais adequado (corantes, lactose, espessantes etc.).
Já o similar
É o que tem o mesmo princípio