Genealogia focault
Foucault começa o texto nos dando uma definição do que ele compreende por genealogia. Primeiramente, numa linguagem metafórica, define-a como sendo "...cinza; ela é meticulosa e pacientemente documentária. Ela trabalha com pergaminhos embaralhados, riscados, varias vezes reescritos". Depois, contrapondo-a ao método de Paul Ree e dos utilitaristas ingleses, devido a monótona busca de finalidade, acaba por definila de modo contundente, como: "A genealogia exige, portanto, a minúcia do saber, um grande número de materiais acumulados, exige paciência. Ela deve construir seus 'monumentos ciclópicos' não a golpe de 'grandes erros benfazejos' mas de 'pequenas verdades inaparentes estabelecidas por um método severo' (...) A genealogia não se opõe à história como a visão altiva e profunda do filósofo ao olhar toupeira do cientista; ela se opõe, ao contrário, ao desdobramento meta-histórico das significações ideais e das indefinidas teleologias. Ela se opõe à pesquisa da origem. (Ursprung).
Distinção Filológica
Isso exposto, Foucault opera uma distinção filológica por ele estabelecida, entre Ursprung (origem), por um lado, e Herkunft (proveniência), Abkunft (descendência), Entstehung (surgimento, de onde emerge), Geburt (nascimento) e Erfindung (invenção), por outro lado. Segundo Foucault, essa é base que permite ao "genealogista" Nietzsche