objetos de estudo da psicologia
1. Introdução.
O ponto chave deste trabalho é compreender o sujeito dotado de subjetividade. Se por um lado, o sujeito é constituído a partir de imposições que lhe são exteriores, sendo compreendido como um produto das relações de saber e de poder; por outro, o sujeito é constituído a partir de relações subjetivas em que há espaço para a manifestação da liberdade que possibilita a criação de si mesmo como um sujeito livre e autônomo. E é este segundo que iremos evidenciar. A subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele instala a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações. A subjetividade é um efeito massivo que provém de um processo singular, um sinônimo de diferenciação. Ela se produz na relação das forças que atravessam o sujeito, no movimento, no ponto de encontro dos modos do saber/poder com os modos de conhecimento de si mesmo.
2. Infância
Quando se fala em infância, a maioria das pessoas tem em mente o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo segundo ano de vida de uma pessoa; um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, veem a infância como um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na aquisição das bases de sua personalidade. Esta visão não está errada, mas não é a infância que abordaremos no presente trabalho. A infância que nos interessa, no momento, é mais subjetiva, é a que relaciona (e até