Gen tica e composi o do rebanho

Genética e composição do rebanho A atividade leiteira é uma atividade que tem grande potencial de crescimento no senário do agronegócio brasileiro. A produção deverá crescer a uma taxa anual de 1,9% (REIS et al., 2012). Isso corresponde a uma projeção de produção de 38,2 bilhões de litros de leite cru até 2021, e o consumo deverá crescer a uma taxa praticamente igual ao da produção (REIS et al., 2012). A produção animal se sustenta em pilares: genética, sanidade e nutrição. A sustentação de um sistema de produção depende do equilíbrio de seus componentes (BARRETO et al., 2012). Pouco adianta melhorar a alimentação, por meio de pastagens bem manejadas e suplementação concentrada mineral, se o rebanho não possuir potencial genético capaz de responder a esse investimento (MARQUES, 2005).
Desta forma, entende-se que a composição genética do rebanho é de fundamental importância para obter bons resultados na produção de leite.
A composição do rebanho é um ponto que deve ser observado com acurácia. Logo, é importante que o rebanho seja composto na maioria por vacas em lactação. A composição do rebanho de bovinos de leite é uma ferramenta para a avaliação zootécnica da propriedade, visto que um baixo percentual de vacas em lactação, em relação ao número de bovinos de diferentes categorias, certamente terá reflexo negativo na economia da atividade leiteira (CAMPOS & FERREIRA, 2006). Marques (2005) escreve sobre a região conhecida como Zona Bragantina e, cita que o padrão racial dos rebanhos existentes é apenas razoável, embora haja propriedades de elevado nível tecnológico. Ainda sobre a mesma região, o autor alega que o número médio de cabeças nos rebanhos gira em torno de 80 animais, das quais, em média, apenas 50% das vacas são ordenhadas. Em trabalho realizado por Almeida (2013) no município de Diamantina – MG constatou-se que o rebanho de fêmeas aptas à produção de leite corresponde a 50,6% do rebanho, sendo que 26,5% de vacas em lactação e 24,1% de vacas não