uyfrutfjfffjouad tinha dezasseis anos e na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Souad era maltratada pela família desde pequena. A certa altura, quando foi estender a roupa, vê um rapaz e fica encantada com ele. Apaixona-se. Eles encontram-se várias vezes e Souad pensa no dia do seu casamento com este rapaz. Mas quando descobre que está grávida tudo piora, ele deixa e é rejeitada pela família, não podendo casar antes que as suas irmãs mais velhas tenham marido. Assim vive no receio constante de ser assassinada, já que o seu “crime” põe em causa a honra de toda a família. [b]Quando o pai descobre pede a um cunhado de Souad que se encarregue de tratar do “assunto” e o cunhado rega-la com gasolina e pega-lhe fogo. Com queimaduras em cerca de 90% do seu corpo, Souad sobrevive. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la, envenenando-a. É neste hospital que nasce o seu filho, mas as enfermeiras levam-no. Deixada a morrer no hospital é ajudada por uma voluntária europeia (pertence a uma fundação A SURGIR, que ajuda as mulheres que são maltratadas pelas sociedade como o caso de Souad) que, em primeiro lugar tenta encontrar o filho de Souad (conseguindo) e depois leva-a para a Suíça com o filho. Souad vai para a Suiça, onde aprende a viver com as suas cicatrizes permanentes e mutilações, mas também com os fantasmas do passado, que a atormentam diariamente. Na Suiça Souad constrói uma nova vida com muito esforço, mas como não consegue dar a vida que o filho merece é obrigada a dá-lo à sua família de acolhimento. Em 20 anos visita o seu filho 3 vezes, mas deixa de o visitar pois cada vez que o visitava saia de lá sempre triste. Souad casa-se, tem duas filhas e é muito feliz, mas falta-lhe algum, o seu filho… Souad continua com complexos do seu corpo pois as queimaduras fazem-na lembrar o seu horroroso passado. Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome