Gabriel cohn
Incidente em Antares, o último romance do escritor Érico Veríssimo, foi publicado no ano de 1971.
A obra, enquadrada no estilo modernista, é de cunho político e está dividida em duas partes em que os acontecimentos reais se misturam à ficção.
Na primeira parte da obra, o autor nos apresenta a fictícia cidade de Antares e as relações políticas entre as facções dos Campolargo e dos Vacariano até o dia do famoso incidente.
Numa sexta-feira 13, em 1963, algumas pessoas morrem em Antares, município situado na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Só que os coveiros estão em greve, e os defuntos, insepultos, vagam pela cidade vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Em sua condição de fantasmas, podem denunciar à vontade os segredos dos mandantes locais.
Irônico, destemido, franco, Incidentes em Antares é um inventário da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, contado ao modo de um desabafo. Érico Veríssimo lança um olhar crítico sobre problemas políticos, econômicos e sociais, e exprime descrença absoluta nos “heróis” oficiais, aqui despojados do brilho inútil dos comandos e reduzidos a sua real dimensão.
O Prisioneiro 1967
Escrito em 1967, o romance se inspira nos eventos da Guerra do Vietnã. Erico Veríssimo descreveu-o como "fábula moderna sobre vários aspectos da estupidez humana", entre os quais a guerra e o racismo.
A história baseia-se em um tenente prestes a voltar a seu país, em uma prostituta pela qual vai se apaixonar, em um prisioneiro terrorista, e em uma professora com pose de sarjentona.
O tenente e a professora em um restaurante falam sobre política, e ele lhe conta sua história e escuta a dela. Mais tarde segue para o bordel sozinho, onde ele se apaixona por uma prostituta e a presenteia com um anel para ela nunca se esquecer dele. Após pegar no sono é avisado que seu horário havia acabado e ele vai embora. Poucos minutos depois uma bomba destrói o bordel onde estava e mata a moça por quem