Fósforo no solo
REVISÃO DE LITERATURA
1.1.1. FOSFORO NO SOLO
Segundo Brady (1989) os solos podem ser definidos como corpos dinâmicos naturais, que possuem características decorrentes das influencias combinadas de clima e atividades biológicas, modificados pela topografia, que atua sobre os materiais originários, ao longo de certo período de tempo. O clima por sua vez segundo o mesmo autor, talvez seja o fator que exerça maior influencia, pois determina a natureza do intemperismo, para cada 10° C de elevação térmica, por exemplo, dobra o ritmo das reações químicas.
Igualmente, o clima exerce grande influencia também mediante um segundo fator de formação dos solos, ou seja, dos organismos vivos.
A natureza da rocha matriz exerce influencia profunda sobre as características dos solos, podendo conter materiais argilosos, como também ter influencia decisiva sobre a natureza das argilas resultantes.
Os minerais coloidais encontrados na fração argila são responsáveis por importantes reações físicas e químicas dos solos. O processo de adsorção de íons da solução do solo é um exemplo deste tipo de fenômeno (COSTA, 2009).
Neste contexto, o P tem sido objeto de um grande número de trabalhos, por ser o nutriente que mais onera os custos de produção agrícola, pela baixa relação matéria-seca produzida/kg de nutriente aplicado. Isto se deve tanto a sua deficiência natural, principalmente em solos tropicais (RAIJ, 1991), quanto a sua indisponibilidade em solos argilosos e intemperizados (GONÇALVES et. al., 1989).
Apesar de o fósforo ser o décimo segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre (SCHULZE, 1989 apud GATIBONI, 2003), é o segundo elemento que mais limita a produtividade nos solos tropicais. Esse comportamento é conseqüência de sua habilidade em formar compostos de alta energia de ligação com os colóides, conferindo-lhe alta estabilidade na fase sólida. Assim, mesmo que os teores totais do elemento no solo sejam altos em