ADSORÇÃO DO FÓSFORO APÓS A DRENAGEM DE DOIS SOLOS ALAGADOS
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ADSORÇÃO DO FÓSFORO APÓS A DRENAGEM DE DOISSOLOS ALAGADOS
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Juliana Brito da Silva ; Marcos Lima Campos Vale ; Rogério Oliveira de Sousa ; Jaqueline
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Trombetta da Silva ; Claudia Filomena Schneider
Palavras-chave: Alagamento, Redução, Isoterma, Fosfato
INTRODUÇÃO
Os solos de várzea, sazonalmente alagados para o cultivo do arroz, apresentam alternância nas condições de oxidação e redução, a qual determina modificações intensas na fase sólida mineral do solo e na dinâmica de elementos altamente reativos, como o fósforo. Assim, formas de óxidos e hidróxidos de Fe de baixa cristalinidade tornam-se predominantes com o passar do tempo e poderão ser os componentes mais importantes na adsorção de P durante o período em que o solo permanece drenado; além disso, elas controlariam a liberação de P provocada pelo posterior alagamento para cultivo do arroz
(Vahl, 1991). Isso ocorre pelo fato de o Fe+3, especialmente dos óxidos, ser utilizado como aceptor de elétrons na decomposição anaeróbia, provocando a solubilização do P adsorvido e com isso, ocorre um aumento no fósforo lábil ou fator quantidade.
Um fator importante do solo que regula a concentração do fósforo na solução do solo é a capacidade máxima de adsorção de fósforo (CMAP), que avalia a interação do fósforo com a fase sólida do solo, as quais descrevem quantitativamente a adsorção de solutos à superfície de sólidos, mostrando a quantidade de adsorbato sorvido em função de uma concentração de equilíbrio (Bohn et al., 1985). Dentre os modelos de isotermas mais utilizadas destaca-se a de Langmuir, que permite a estimativa da capacidade máxima de adsorção de fosfato (CMAP) pelo solo (Cunha et al., 1994; Novais e Smyth, 1999).
A redução biológica do ferro durante o período de inundação, seguida por sua reoxidação durante o período de secagem, resulta no aumento da reatividade da fração de óxidos do solo, levando ao aumento da capacidade de adsorção de fósforo (Alva et al.,