Dinâmica do fósforo no solo

Dinâmica do fósforo no solo

A maioria das culturas tem problemas para obter o fósforo de que necessitam. E essa deficiência pode ser mais limitante à sua produtividade do que muitas doenças e quaisquer outras toxicidades do solo.
O problema é que o fósforo é um elemento cuja reatividade química é muito grande. Por isso, ele não é encontrado em estado puro na natureza, mas em combinações químicas com outros elementos. No solo, ele reage principalmente com o ferro, o cálcio e o alumínio, formando compostos que as raízes não conseguem aproveitar de imediato. Assim, pode-se considerar, com otimismo, que a eficiência do fósforo solúvel em água, contido nos fertilizantes, raramente vai além de 20% a 30%.
Formas de fósforo no solo
A maior parte do fósforo do solo é proveniente da intemperização da apatita, um mineral que contém fósforo e cálcio, além de Outros elementos, como flúor e cloro. À medida que a apatita se desintegra e libera o fósforo no solo, vários compostos são formados, incluindo-se os dos ortofosfatos, que são absorvidos pelas raízes. Estas formas geralmente são solúveis e podem ser encontradas dissolvidas em pequenas quantidades na solução do solo.
Uma parte do fósforo formará compostos com o cálcio, ferro e alumínio - quer ele seja proveniente da apatita, fertilizantes, esterco ou matéria orgânica - cuja maioria não estará disponível às plantas por ser insolúvel. Dá-se o nome de “revertida” ou “fixada” às formas em que se encontram esses compostos insolúveis. Outros fosfatos, como o bicálcico e o octacálcico, no entanto, são relativamente disponíveis.
Os solos brasileiros, notadamente os solos da região dos cerrados, apresentam elevada capacidade de “fixação” de fósforo. Todavia, é importante salientar que a fixação de fósforo não significa perda irreversível deste nutriente. Grande parte do fósforo fixado passa à solução do solo com o decorrer dos anos e pode ser aproveitada pelas culturas.
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