Parafusos
O processo de forjamento a frio empregado na fabricação de parafusos envolve, de maneira geral, as seguintes etapas: * Corte por cisalhamento; * Posicionamento do material na ferramenta (conjunto matriz-prensa-extrator de material); * Forjamento a frio da cabeça; * Laminação da rosca
Este trabalho enfoca os vários estágios do forjamento a frio da cabeça de um parafuso sextavado de rosca métrica M9. Neste processo, o material é deformado, plasticamente, em etapas permitindo a observação da ocorrência da fratura dúctil. A seqüência convencional de fabricação do parafuso de rosca métrica estudado neste trabalho pode ser vista na Figura 1.
Figura 1: Seqüência de passes de recalque para obtenção de parafuso sextavado de rosca métrica M9. Da esquerda para a direita: etapa 1 (tarugo), etapa 2, etapa 3 e etapa 4 (corte).
Partindo-se de um tarugo, são realizadas duas etapas seguidas (2 e 3 na Figura 1) onde ocorre a deformação do material, visando atingir o formato mais adequado à formação do sextavado, última etapa do forjamento e que é feito através do corte de material. Durante a realização das segunda e terceira etapas, e mesmo na etapa de corte, podem surgir defeitos nos produtos que condenam sua utilização posterior. Os defeitos mais comuns são as trincas e marcas de ferramentas. Os tipos mais comuns de trincas são as trincas α (trincas de tração) formadas na expansão livre do material e as trincas de atrito (trincas ε), formadas por lubrificação ineficiente. As marcas de ferramenta ocorrem quando o material é comprimido contras a borda do punção, imprimindo uma marca. Há fabricantes de fixadores mecânicos que adotam especificações de profundidade máxima de defeitos toleráveis por faixa de bitola da matéria prima inicial em função das diferentes aplicações a que destinam seus produtos.
Seqüências alternativas da fabricação de parafusos:
Etapas de fabricação de parafusos sextavados foram reproduzidas alterando-se a seqüência