Física
Em 15 de junho, as nações-membros da Organização para a Cooperação de Xangai (Shanghai Co-operation Organization, SCO), liderados pela China e pela Rússia, informalmente convidarão o observador, Irã, para se tornar membro pleno. Essa reunião será realizada em Xangai. Ainda que a condição de membro pleno seja postergada, como tem sido debatido, o fato é que Rússia e China desejam selar uma maior cooperação com o Irã na cooperação energética na Eurásia.
A Organização para a Cooperação de Xangai foi fundada em junho de 2001 pela China, Rússia, Kasaquistão, Quirquistão, Tajiquistão e Usbequistão. Seus objetivos declarados eram facilitar a ‘cooperação nas esferas de assuntos políticos, economia e comércio, técnico-científicos, culturais, e educacionais, bem como nos campos de energia, transporte, turismo, e proteção ambiental.’ Recentemente, no entanto, a SCO está se tornando algo como um bloco energético-financeiro na Ásia Central, conscientemente sendo desenvolvido para servir como contraponto à hegemonia norte-americana.
Nos últimos meses seus membros deram vários passos potencialmente estratégicos no sentido de se afastar da dependência dos EUA, tanto em energia como em dependência financeira. Uma olhada no mapa indica o potencial de uma SCO expandida.
As exportações brasileiras de petróleo para a China dispararam para atender o voraz apetite do gigante asiático por matérias-primas. Preocupados em garantir seu suprimento, os chineses também já dão os primeiros passos na exploração e produção do óleo no País. Os especialistas apostam que a presença chinesa só tende a crescer com os novos negócios do pré-sal.
De janeiro a outubro, a China comprou 179,5 mil barris de petróleo por dia do Brasil, o que significa 125% a mais que em igual período do ano anterior. A receita gerada atingiu US$ 3,18 bilhões. Considerados os embarques diretos, o país asiático é o principal cliente do País e já recebe mais petróleo