Fé e superstição - Freud
Fé e superstição O maior argumento que Freud usa contra a religião é dizer que ela é uma infantil tentativa supersticiosa de controlar a realidade, e que seus adeptos não amadureceram verdadeiramente. O amadurecimento se dá quando se abandona o que seria para ele, esta maneira primitiva de ver o mundo. A figura de Deus, seria uma figura equiparada ao pai, na infância, que é uma figura autoritária, mas que ao mesmo tempo dá segurança e provém todas as necessidades da criança. Sendo assim, Freud julga que as pessoas fazem seus rituais pro medo, e para ter uma garantia de que as coisas irão dar certo em sua vida. Isso transformaria a religião em uma simples neurose. Outra coisa que Freud aborda é a falsa onipotência que atribuímos aos nossos pensamentos. Em sua teoria, a força humana estaria na libido, que é algo mais próximo do inconsciente, do ID. Contudo, as pessoas teriam o falso costume de jugarem que suas fantasias criadas em suas mentes teriam algum poder de afetar o mundo externo, de modo a favorece-las. Freud combate isso, mostrando que essa onipotência do pensamento é simplesmente mais uma fantasia. E isso se aplica a religião também. Freud colocaria a religião totalmente associada ao primitivismo, visto que os homens primitivos enfrentavam forças extremamente destrutivas em sua época, e um ambiente demasiadamente hostil. Para sua sobrevivência, eles criariam essa ilusão, condicionando-se a crer que seriam capazes de controlar a realidade que lhes confrontava, através de suas crenças, nas quais a realidade externa é revestida de poderes mentais mágicos. Com essas argumentações, Freud intenta mostrar que a religião não passa de uma fantasia, e a fé, de uma superstição. Contudo, Wittgenstein faz uma clara contraposição entre fé e superstição. A fé é uma entrega pessoal para um sistema de valores aos quais o indivíduo acredita e quer deixar guiar sua vida, e isso o diferenciaria da