Resenha critica: discurso entre fé e razão
DIÁLOGO ENTRE FÉ E RAZÃO
Ruthe Wanessa de Barros Vanderlei
DIÁLOGO ENTRE FÉ E RAZÃO
Trabalho apresentado como requisito de obtenção de nota, na disciplina de , ministrada pelo professora Luciana, do 1º período do curso de Teologia.
EPÍGRAFE
“A nova filosofia põe tudo em dúvida,
E elemento do fogo é logo extinto;
Perde-se o Sol e a Terra; e ninguém hoje
Saberá indicar onde encontrá-la.
Os homens confessam francamente que o mundo acabou,
Enquanto nos Planetas e no Firmamento
Procuram tantas coisas novas; e vêem que este
Dissolve-se mais uma vez em átomos.
Tudo está em pedaços, toda coerência termina;
Não há mais relações justas, nem nada é conforme
Príncipe, súdito, pai, filho são coisas esquecidas.”
DONNE, John. Poems.
Introdução
Tomando como base o poema acima de Donne, e procurando entender que ele já previa o que estava por acontecer, que a morte de Deus era também a morte do homem, pois deixava de ter como centro a vida em Deus pra colocar-se como centro de sua própria vida, não tendo assim limites pra sua moral, pois, tudo era agora relativo.
Não é fácil entender hoje que a sociedade possa viver sem a religiosidade, compreender que concebemos a existência de Deus, de uma forma em que quanto mais nos tornamos maduros deixamos de crer n’Ele, como se fosse um conto de fada como por exemplo: Papai Noel. Que ao amadurecermos aprenderemos a fazer tudo por nós mesmos, com nossas próprias capacidades físicas e mentais. É com esse pensamento que Freud tenta demolir o pensamento judaico-cristão ocidental. Não foi a toa que a “morte de Deus” pregada por Nietzsche foi uma tremenda frustração. O projeto de um novo homem liberto de qualquer tipo de superstição religiosa na sociedade moderna, desmoronou junto com a profecia da morte de Deus. Mesmo nesse período havia