Fármacos utilizados para contracepção
Contraceptivos orais
Há dois principais tipos de contraceptivos orais:
• Combinações de um estrógeno com uma progesterona (a pílula combinada); • Progesterona apenas (pílula apenas com progesterona).
A pílula combinada
A pílula contraceptiva oral combinada é extremamente efetiva, pelo menos na ausência de doença intercorrente e de tratamento com fármacos com que interajam potencialmente.
O estrógeno na maioria combinado em preparações (pílulas de segunda geração) é o etinilestradiol, apesar de poucas preparações conterem o mestranol. A progesterona pode ser noretisterona, levonorgestrel, etinodiol, ou – em pílulas de terceira geração – desogestrel ou gestodeno, que são mais potentes, têm menos ação androgênica e causam poucas mudanças no metabolismo de lipoproteínas, mas que provavelmente causam risco maior de tromboembolia do que preparações de segunda geração. O conteúdo de estrógeno é geralmente 20-50 µg de etinilestradiol ou seu equivalente, e a preparação é escolhida com conteúdos baixíssimos de estrógenos e progesterona que são bem toleradas e oferecem bom controle do ciclo menstrual em mulheres individualmente. Esta pílula combinada é tomada por 21 dias consecutivos, seguidos por 7 sem pílula, o que causa um sangramento inesperado. Os ciclos normais de menstruação começam logo após o tratamento descontínuo, e a perda permanente da fertilidade (que pode ser resultado de menopausa precoce e não conseqüência do uso por longo tempo da pílula contraceptiva) é rara.
O modo de ação consiste:
• O estrógeno inibe a secreção de FSH via feedback negativo na hipófise anterior, e assim suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano; • A progesterona inibe a secreção de LH e assim previne a ovulação; ela também estimula a produção de muco cervical menos suscetível à passagem do esperma; • Estrógeno e progesterona agem combinados para alterar o endométrio de tal forma a evitar a