FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
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FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS Os principais fármacos antiplaquetários - aspirina® (ácido acetil salicílico), clopidogrel e ticlopidina - são utilizados na clínica para o tratamento das doenças cardiovasculares, com o objetivo de prevenir ou diminuir a formação de coágulos sanguíneos. O uso de medicamentos que inibem a função plaquetária reduz significativamente as complicações isquêmicas e a taxa de morte cardiovascular em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA) e naqueles submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP) com stent. Apesar de toda a evolução da terapêutica antiplaquetária, os fenômenos trombóticos continuam a ocorrer e, embora suas causas determinantes sejam múltiplas, cresce o conceito de resistência terapêutica antiplaquetária, melhor entendida como a baixa resposta ou mesmo a ausência desta ao uso dos antiplaquetários, que pode refletir aspectos farmacológicos e farmacocinéticos de cada medicamento. A resistência antiplaquetária pode ser classificada em laboratorial ou clínica. A resistência laboratorial é definida como a falha do medicamento em inibir a função plaquetária ex vivo. A resistência clínica é definida como a falha do medicamento em prevenir a ocorrência de eventos adversos cardiovasculares em pacientes com SCA e em pacientes submetidos à ICP. Considerável variabilidade interindividual é observada nas respostas evocadas pelos diferentes inibidores de função plaquetária. Essa variabilidade está associada à elevada taxa de eventos adversos cardiovasculares. Parte dessa heterogeneidade é explicada por polimorfismos genéticos nos receptores envolvidos na ativação plaquetária ou no metabolismo dos antiplaquetários, e parte se relaciona a fatores não genéticos. A presente revisão objetiva apresentar os principais mecanismos envolvidos na determinação de uma menor resposta aos medicamentos inibidores da função plaquetária.
Usos clínicos dos fármacos antiplaquetários:
1- O principal fármaco