Futurismo
O Futurismo surgiu numa época bastante conturbada para a Europa, pois estava sendo realizada a partilha da Ásia e da África, visto que somente França e Inglaterra levavam as maiores vantagens devido ao número de territórios conquistados. Insatisfazendo Itália e Alemanha e as incentivando a partir para a força ibélica, eclodindo assim a Primeira Guerra Mundial.
De outra visão, era uma época de inovações. Novas tecnologias estavam sendo aplicadas em indústrias e nas próprias cidades (luz elétrica, o automóvel, o avião, o avanço científico, dentre outros). Assim ficou mais gritante as desigualdades sociais: De um lado a burguesia usufruindo de todas as inovações da época, do outro, operários insatisfeitos com as condições de trabalho e a exploração, realizando-se muitas greves na época.
Diante de tais acontecimentos, surgiram movimentos artísticos e políticos que representaram um sentimento de oposição aos ditames impostos pela sociedade vigente. Estando à frente de seu tempo, os movimentos representados pelas vanguardas revelaram seus interesses ideológicos por meio de uma verdadeira radicalização no campo da cultura e das artes como um todo. Dentre eles o Futurismo.
Esta corrente nasceu em Itália e foi um movimento que se manifestou primeiramente na literatura para, mais tarde, se estender às artes plásticas, à arquitetura, à música, ao cinema, etc. O seu surgimento, datado de 1909,foi marcado pelo Manifesto Futurista do poeta Filippo Marinetti. O autor apresentava pontos fundamentais: a recusa da harmonia e do bom gosto, do geometrismo intelectual dos cubistas, bem como do sensualismo cromático dos fauvistas. Propôs uma nova forma que combatia qualquer relação ligada à tradição e fazia a exaltação da civilização industrial com tudo o que ela comportava – o movimento da máquina e da velocidade -, fazendo uma total assunção da sociedade moderna e industrial.
"Os elementos essenciais da nossa poesia serão o valor, a ousadia e a rebelião.