ajuda
ARQUITETURA E ETNICIDADE: PATRIMÔNIOS MATERIAIS E
IMATERIAIS TRANSTEMPORALIZADOS EM ROTAS TURÍSTICAS DA
SERRA GAÚCHA.
Claudine Machado Badalotti1
Resumo: A preservação da memória construída de um povo, enquanto patrimônio histórico constitui uma das premissas básicas para o desenvolvimento sustentável, pois além de representar a própria síntese da cidade, potencializa a identidade coletiva dos povos, nesse caso dos ítalo-gaúchos, promove a preservação dos bens materiais e imateriais, da identidade étnica de um grupo social e, somado a isso, pode contribuir para o incremento do desenvolvimento econômico e social, através do turismo étnico, gastronômico e arquitetônico. O trabalho objetiva analisar experiências de preservação arquitetônica na Serra Gaúcha, em particular no município de Bento Gonçalves, em sua rota turística Caminhos de Pedra, onde a intenção é perceber processos tradicionais de ambientes construídos em correlação com dinâmicas modernas de vida social e econômica, bem como representação e reconstituição de etnicidades, aparentemente contraditórias, numa sociedade que se mostra globalizada.
Palavras-chave: Memória. Patrimônio. Arquitetônico.
Introdução
O presente artigo pretende analisar as construções do imigrante italiano na Rota turística Caminhos de Pedra para entender a memória étnica desse povo, invocando seu patrimônio construído e seu uso para o fomento mercantil, reforçando assim sua italianidade. A importância de se preservar essas construções rurais provenientes de uma arquitetura de linguagem própria, de base essencialmente artesanal e de simplicidade notável, advém da recuperação da memória construída de um povo, pois somente com a
1
Mestranda em História pela Universidade de Passo Fundo – UPF, Arquiteta e Urbanista pela Universidade de Passo
Fundo - UPF, especialista em arquitetura hospitalar pela IAHCS de