Futurismo
Semântica é o estudo do significado, isto é a ciência das significações, com os problemas suscitados sobre o significado: Tudo tem significado? Significado é imagem acústica, ou imagem visual? O homem sempre se preocupou com a origem das línguas e com a relação entre as palavras e as coisas que elas significam, se há uma ligação natural entre os nomes e as coisas nomeadas ou se essa associação é mero resultado de convenção. Nesse estudo consideram-se também as mudanças de sentido, a escolha de novas expressões, o nascimento e morte das locuções. A semântica como estudo das alterações de significado prende-se a Michel Bréal e a Gaston Paris. Um tratamento sincrônico descritivo dos fatos da linguagem e da visão da língua como estrutura e as novas teorias do símbolo datam do século. XX.
As formas lingüísticas são símbolos e valem pelo que significam. São ruídos bucais, mas ruídos significantes. É a constante referência mental de uma forma a determinado significado que a eleva a elemento de uma língua. Não há nenhuma relação entre o semantema (ou lexema ou morfema lexical – unidade léxica, que compõe o léxico) cão e um certo animal doméstico a não ser o uso que se faz desse semantema para referir-se a esse animal. Cada língua “recorta” o mundo objetivo a seu modo, o que Humboldt chama “visão do mundo”. Registre-se a existência da linguagem figurada, a metáfora, uso de uma palavra por outra, subjazendo à segunda a significação da primeira. Há que se levar em conta a denotação (significado mais restrito) e a conotação (halo de emoção envolvendo o semantema – casa / lar).
O estudo dos semantemas é difícil, pois são em número infinito e sua significação fluída, sujeita às variações sincrônica, sintópica etc. A polissemia faz da significação dos semantemas um conglomerado de elementos e não um elemento único: ele anda a passos largos / anda de carro / anda doente. Quanto à significação interna