Futebol e Racismo

FUTEBOL E RACISMO*
O racismo infelizmente ainda é uma pratica que esta impregnada em nossa sociedade, ainda que de uma forma velada. Este é um processo histórico que certamente só poderá ser revertido em longo prazo. Não obstante a isto algumas leis foram criadas, exatamente para coibir as injúrias e o também o racismo propriamente dito. O fato acontecido na arena do Grêmio é corriqueiro. Sim corriqueiro. Achar que este foi um ato isolado é hipocrisia. O que diferenciou este de todos os outros foi a indignação do goleiro Aranha, e a imagem registrada pela televisão da torcedora Patrícia
Amorim proferindo palavras racistas. Isto não exime de forma alguma a torcedora de sua responsabilidade pelo ato cometido, mas é importante que analisemos o acontecimento como um fato processual, ou seja, legalmente falando, e não como alvo de comoção social causado pela mídia.
A jovem torcedora Patrícia Moreira proferiu palavras pejorativas em relação à cor do goleiro Santista, atingindo desta forma a sua honra. Este ato configura o crime de injúria racial previsto no artigo 140, § 3º do
Código Penal Brasileiro. O que difere do crime de racismo prevista na lei
7.716/89, que implica em conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade, sendo este sim considerado um crime mais grave. O ato praticado por ela gerou a exclusão do quadro social do Grêmio, a proibição de freqüentar estádios de futebol pelo período de dois anos, e a perda de seu trabalho. Todas estas atitudes são justas, a medida que nenhuma empresa ou entidade quer ter o seu nome ligado a pessoa de ma reputação. Ao ganhar notoriedade pelas palavras proferidas, Patrícia passou com justa causa a ter ma reputação. Alem disto a jovem ainda vai responder a processo encaminhado pela parte ofendida, no caso, o goleiro Aranha.
Contudo, a jovem não pode ser responsabilizada por um processo histórico social, pelo qual ela não tem responsabilidade. Esta sendo