Fusão e confusão (crônica)
Num belo dia, ciente de que fazia algo grandioso para seu Estado, Bochechudo acordou e teve uma brilhante idéia. Vivendo em um Estado que ele considerava esvaziado economicamente, acreditava que uma fusão deste seu Estado com o Estado do Rio de Janeiro daria certo, pois juntaria a cabeça de um com o corpo do outro.
Ainda no Governo do Palhaço Macambúzio (1966- 1969), o segundo estúpido que ganhou a Nação de “presente dos Deuses”, Bochechudo foi procurado pelo Ministro da Indústria e Comércio General Edmundo Macedo Soares e Silva, que havia gostado de uma declaração que ele fizera à favor da Fusão RJ-GB, porém os contatos esfriaram.
Já no governo do General Luterano, (1974-1978), Bochechudo foi escolhido líder do Governo e participou de uma reunião com Falcão, o Cantor brega, e Reis Velloso, além do próprio General, na qual foi estabelecido que Bochechudo redigisse o projeto de Lei complementar, que foi entregue ao Presidente pouco depois em outra reunião, onde até o Dow Bruxo apareceu, na qual foram feitas várias correções ao texto de Bochechudo, que tinha até fundamento, ficou bom, mas na prática, a fusão saiu muito diferente da teoria.
A Guanabara era governada pelo Opositor de Papel, que se fingia de oposição, mas fazia o jogo de Orlando Geisel, irmão de Luterano. Os militares temiam que com a saída de Opositor de Papel, outro oposicionista, não tão de papel assim, viesse ocupar seu lugar. Juntou-se então a fome com a vontade de comer. A tentativa de desenvolvimento do novo Estado, almejada por Bochechudo, que desejava fazer algo de muito bom como Parlamentar, já que tinha traído o grupo que lhe ensinou tudo sobre política na década passada e se bandeou para o lado de um advogado que depois veio a se tornar Ministro do Supremo.
Então, arbitrariamente foi feita a Fusão, onde a população deveria ser consultada num plebiscito, o que não ocorreu. As duas regiões que se fundiram eram dominadas por dois caciques do mesmo partido, mas com