Crase sem crise
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Reportagem de Veja
• Váryas - 22/02/2006
Objetivos
Esclarecer os alunos sobre a o uso correto de sinais de pontuação e acentuação
Introdução
Ao tentar minimizar o terror que assalta muitos usuários da língua portuguesa quando precisam empregar o acento grave, o poeta Ferreira Gullar saiu-se com uma justificativa espirituosa: "A crase não foi feita para humilhar ninguém". O escritor gaúcho Moacyr Scliar discorda dessa opinião e afirma, numa crônica deliciosa, que a crase foi feita, sim, para humilhar as pessoas. Por causa dela, ainda segundo Scliar, a população brasileira pode ser dividida em duas classes: uma minoria, que sabe utilizar com propriedade o fenômeno fonético, e a maioria, que tem medo existencial desse sinal gráfico. Rebelde e provocador, o humorista Millôr Fernandes vai mais longe e assume, com todas as letras, que é contra a crase, pois "ela não existe. É uma invenção em português do Brasil". Se a questão provoca declarações apaixonadas desses três autores, o que dizer do nó que dá na cabeça da garotada? Nada melhor do que colocar o tema em pauta e ensinar que a crase não envolve mistérios. Basta conhecer as normas que regem seu uso e... praticar.
Providencie cópias das ilustrações e dos quadros deste plano de aula e distribua para a turma. Também será proveitoso levar para a classe bons livros de gramática.
Peça que todos pesquisem o conceito de crase. De forma geral, eles vão ler que o fenômeno fonético é resultado da fusão entre a preposição a com o artigo definido feminino singular ou plural a, as ou ainda com o a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquilo, aquela... Na escrita, sinaliza-se com o acento grave. Reforce a noção de que a crase não é simplesmente um sinal que vai sobre a letra a, como acredita boa parte das pessoas, mas uma indicação de fusão. A expressão, aliás, deriva do vocábulo grego