Contribuição da psicologia para o serviço social
Pedrinho Guareschi, em seu texto Alteridade e relação: uma perspectiva crítica defende que só somos ser humano/pessoa quando estamos nos relacionando com outras pessoas. Segundo o autor, nós nos construímos como resultado de milhares de relações que estabelecemos cotidianamente. Guareschi diz que: a psicologia social nos ajuda a fundamentar essa concepção de ser humano, quando nos mostra que somos o resultado de milhões de relações que estabelecemos no decorrer de nossa existência. Para mim como futura assistente social essa concepção é fundamental porque em minha atuação estarei em relação direta com o usuário, isto é, no contato face a face. Na alteridade ao falar de um, estamos falando necessariamente do outro. E ao falar de relações estamos falando de condutas e comportamentos que derivam de tal concepção de ser humano. Na medida em que se pensa o ser humano a partir das relações, a alteridade surge como uma nova dimensão prática, nessa dimensão damos conta de que o outro é alguém essencial em nossa existência, no nosso próprio agir. O outro se torna alguém necessário e imprescindível a compreensão de mim mesmo, alguém que ajuda a me construir e a me definir. Considerando que a concepção de alteridade parte do pressuposto básico de que todo homem social interage e depende de outros indivíduos, na atuação prossional do assistente social, a adoção da alteridade é fundamental, porque se eu olhar a partir do outro terei uma maior chance de acerto em minha atuação, pois enxergarei além da minha necessidade, enxergarei a necessidade do meu usuário. No texto, O cotidiano de meninos e meninas na favela: problematizando as políticas de identidade, Hall e Silva afirma que o processo de construção das identidades sempre refere a um “outro” e que as pessoas constroem sua identidade a partir das diferenças, voltamos aqui à questão da alteridade. Para