Função Professor
É sabido que a educação de crianças surdas no Brasil, não apresenta resultados satisfatórios no que concerne à aquisição de conhecimento e/ou tratamento competente para aquisição do bilingüismo.
Existe um fracasso na comunicação entre professor e alunos, justamente pela falta de conhecimento da necessidade em si. Não há uma linguagem compartilhada e ainda há um equívoco na avaliação destes alunos. Subestima-se a capacidade de aprendizado, flexibilizando notas e o controle comportamental. Ou seja, há um precário acompanhamento nos procedimentos de ensino. É necessário buscar formas mais eficientes de combate destes resultados, bem como favorecer o desenvolvimento efetivo de suas capacidades.
Em uma sala de aula para alunos ouvintes, isso se reproduz, já que o professor passa as informações de acordo com aquilo que está acostumado, sendo mais adequado aos ouvintes que às crianças surdas. Desse modo, a criança surda está presente, mas está perdendo uma série de informações fundamentais sobre questões de linguagem, sociais e afetivas que lhe escapam justamente por sua condição de ser usuária de outra língua, tendo acesso aos conteúdos apenas pela mediação do intérprete.
O professor precisa participa das atividades, procurando dar acesso aos conhecimentos e isso se faz não apenas com tradução, mas também com sugestões, exemplos e muitas outras formas de interação inerentes ao contato cotidiano com o aluno surdo em sala de aula. Todavia, se este papel não estiver claro para o próprio professor, aluno e aluno surdo, o trabalho torna-se pouco produtivo, pois se desenvolve de forma insegura, com desconfiança, desconforto e superposições. O aluno surdo precisa encontrar condições na sala de aula para sua aprendizagem.
É necessária uma mudança curricular que os favoreça e com a participação