Função administrativa

Função administrativa

“Nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de formular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições não fazem parte das atribuições de caráter técnico e tampouco das funções comercial, financeira, de segurança ou de contabilidade. Elas constituem outra função, designada habitualmente sob o nome de administração, cujas atribuições e esfera de ação são muito mal definidas.

A previsão, a organização, a coordenação e o controle fazem parte, não há dúvida, da administração, de acordo com o conceito corrente desse termo.

É necessário incluir entre também entre elas o comando? Não é imprescindível; poder-se-ia estudá-lo à parte. Não obstante, decidi-me incorporá-lo à administração pelas seguintes razões:

1ª) O recrutamento, a formação de pessoal e a constituição do corpo social, que são encargos da administração, têm intima relação com a função de comando;

2ª) A maior parte dos princípios de comando são princípios de administração. Administração e comando têm entre si uma relação muito estreita. Do ponto de vista da facilidade do estudo, há interesse em agrupar essas duas classes de funções.

3ª) Esse agrupamento, ademais, dá origem a uma função muito importante, digna de atrair e reter atenção do público, tanto quanto a função técnica.

Adotei, pois, as seguintes definições:
Prever é perscrutar o futuro e traçar o programa de ação.
Organizar é construir o duplo organismo, material e social, da empresa.
Comandar é dirigir o pessoal.
Coordenar é ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os reforços.
Controlar é verificar que todo aconteça de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Assim compreendida, a administração não é nem privilégio exclusivo nem encargo pessoal do chefe ou dos dirigentes da empresa; é uma função que se reparte, como as outras funções essenciais, entre a cabeça e os membros do corpo social.

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