Fundição
Os processos de fundição se dividem em duas grandes categorias de acordo com o tipo de molde: (1) moldes descartáveis e (2) moldes permanentes. Nos processos em moldes descartáveis, cada molde é sacrificado para que se proceda à retirada da peça. Uma vez que cada peça necessita de um novo molde, a taxa de produção nesses processos é limitada pelo tempo gasto para se confeccionar os moldes e não pelo tempo necessário para se proceder a fundição propriamente dita. No entanto, peças de determinadas geometrias permitem a confecção de moldes e o vazamento do metal em taxas de 400 peças por hora ou mais. Nos processos em moldes permanentes, os moldes são confeccionados em metal (ou outro material durável) e são usados várias vezes na produção de uma peça. Naturalmente, esses processos possuem uma vantagem natural quanto à produtividade em relação aos outros.
Nossa discussão sobre os processos de fundição neste capítulo será disposta da seguinte forma: (1) fundição em areia, (2) outros processos de fundição em moldes descartáveis e (3) processos de fundição em moldes permanentes. Este capítulo ainda inclui os equipamentos e práticas usadas em fundições. Outras seções abordam os aspectos da qualidade relativa à fundição.
6.1 - FUNDIÇÃO EM AREIA:
A fundição em areia é, de longe, o processo de fundição mais empregado e responsável pela maior parte da tonelagem de fundidos. Quase todas as ligas usadas em peças fundidas podem ser manufaturadas por esse processo. Além do mais, é um dos poucos processos que pode ser usado para metais com altos pontos de fusão, como aços, níquel e titânio.
Uma das grandes virtudes desse processo é a sua versatilidade, que permite a fundição de peças em quantidades variadas e de dimensões diversas, pesando de algumas gramas até várias toneladas. Ainda, é um processo bastante viável economicamente, principalmente quando o número de peças a ser produzido é reduzido. Essa característica se deve ao