Fundição
Quando se fala em Mecânica, o que vem à sua cabeça? Certamente máquinas. Grandes, pequenas, complexas, simples, automatizadas ou não, elas estão por toda a parte. E se integraram às nossas vidas como um complemento indispensável que nos ajuda a vencer a inferioridade física diante da natureza.
Pois é, na aula anterior, vimos como o homem, ainda antes de construir abrigos e inventar a agricultura já "fabricava" instrumentos que o ajudavam em sua sobrevivência. E no momento em que ele se sentiu capaz disso, não existiram mais limites para a sua criatividade. E daí para a ideia dos mecanismos que pudessem tornar as tarefas mais rápidas, mais fáceis e cada vez mais perfeitas, foi só uma questão de tempo. Foi um progresso que levou alguns milhares de anos, é verdade, mas que, de uns duzentos anos para cá tornou-se cada vez mais rápido.
É o caso, por exemplo, do relacionamento do homem com os metais que já dura uns 6 mil anos. Você pode pensar nos conjuntos mecânicos que você conhece sem metais? Por enquanto não, certo? Todavia, o aperfeiçoamento desses conjuntos só se tornou possível com o domínio de dois conhecimentos: a tecnologia dos materiais e os processos de fabricação.
Que tal, então, imaginar que você tenha de fabricar alguma coisa de metal. Você tem ideia por onde começar? Não? Pois vamos dar uma dica: vamos começar pela fundição.
"Como?!", você deve estar perguntando, "O que isso tem a ver com mecâ¬nica?" Mais do que você imagina. E nesta aula você vai ver por quê.
QUE PROCESSO É ESSE?
Os processos de transformação dos metais e ligas metálicas em peças para utilização em conjuntos mecânicos são inúmeros e variados: você pode fundir, conformar mecanicamente, soldar, utilizar a metalurgia do pó e usinar o metal e, assim, obter a peça desejada. Evidentemente, vários fatores devem ser consi¬derados quando se escolhe o processo de fabricação. Como exemplo, podemos lembrar: o formato da peça, as exigências de uso, o material a ser