Fundações

sobre terrenos compressíveis ou instáveis, pois possuem maior tendência a recalcarem
(LOGEAIS, 1971). Todos sabem que construir sobre aterros gera alguns inconvenientes, por isto deve-se ter atenção redobrada nesta hora, como será visto abaixo. Em aterros recentes, o solo ainda não está com seu assentamento definitivo, ou seja, o mesmo ainda será compactado naturalmente. Por melhor que tenha sido os trabalhos para compactação, o assentamento definitivo do recalque demora alguns anos para acontecer, sendo possível haver uma diminuição do seu volume em determinado ponto. Construir fundações sobre este tipo de solo faz com que se tenham recalques, e, patologias aparecerão. Os aterros são muito utilizados para se realizar uma plataforma horizontal, sendo necessária, a criação de aterros com espessura variável. Neste caso deve-se levar em consideração que, quanto maior a espessura do aterro, maior será seu assentamento; e se não se prever algum dreno à montante, as águas superficiais se infiltrarão no aterro e podendo ajudar no assentamento ou seu escorregamento em conjunto. Ao construir sobre este tipo de solo, há-se de prever as instabilidades do conjunto e não somente a da obra e drenos quando necessários. Quando executado uma fundação profunda em um aterro, normalmente se esquece o papel do atrito negativo. Em uma fundação com estacas, por exemplo, a mesma, transmite as cargas do edifício para o solo devido ao atrito lateral e a resistência adquirida devido à ponta (no caso de estacas flutuantes, a carga será resistida pelo atrito lateral apenas), o atrito negativo neste caso fará com que a estaca tenha que suportar não apenas as cargas projetadas, mas também as cargas devido a um aterro. Atrito negativo ocorre quando se tem um aterro de grande espessura e, sobretudo a receber carga importante, isto faz com que haja um acréscimo de carga na fundação pelo peso do solo em movimento descendente, sendo tensões de