Fundação Leao XIII
Introdução Com o fim da escravidão, o crescimento das cidades e o avanço da industrialização O Brasil vivenciou uma migração acentuada da população do campo para as cidades, o chamado “êxodo rural”. A partir da década de 30 as cidades tiveram um crescimento de forma acelerada e desordenada com destaque para o Rio de Janeiro, que na época era a capital federal, cidade que teve um aumento da sua população de forma expressiva formada por pessoas em busca de trabalho na indústria que vivia sua expansão no país. Essa população era basicamente formada por ex escravos e camponeses nordestinos que não possuíam nenhuma qualificação e escolaridade, com recursos financeiros escassos ou inexistentes, gerando assim, uma mão de obra excedente tendo em vista que a indústria não conseguia absorver a demanda da mão de obra. A ocupação por parte dos migrantes foi ocorrendo em áreas cujos terrenos não tinham ainda sido objeto da especulação imobiliária, como os morros, encostas e pântanos da cidade, bem como em áreas cuja propriedade era duvidosa, ou pertencente à União ou outros órgãos governamentais. Sem emprego e assistência, esses operários e suas famílias migraram para os morros ao redor da cidade onde iniciaram uma série de invasões, construíram seus barracões e passaram a viver com suas famílias com o mínimo de infra- estrutura e condições em locais de difícil acesso jogados à própria sorte. Formam-se as primeiras favelas e comunidades do Rio de Janeiro. O crescimento das invasões e da população formada predominantemente por operários começa a preocupar as autoridades que se vêem obrigados a atender algumas de suas reivindicações por direitos garantindo assim de forma precária, o mínimo para a sua reprodução, ou seja, alimentação, moradia e saúde. Com a ditadura do Estado novo (1937 – 1945) são criadas as primeiras instituições de assistência social