Fundamentos socioculturais da educação
1. INTRODUÇÃO
A característica humana por excelência é a de ser um ser social, fadado, por assim dizer, a viver em sociedade, a depender dos outros e aprender com os demais, especialmente com os mais velhos. De forma abrangente, podemos dizer que socializar o indivíduo é adaptá-lo à vida em sociedade, ensinando-o os hábitos, os costumes, a linguagem, os modos de vida, as regras sociais, o que é permitido e o que é proibido, a disciplina corporal e os conteúdos científicos, históricos, culturais, etc., pertencentes ao arsenal dessa sociedade, Berger (1977, p.204) resume a socialização como o “meio pelo qual o indivíduo aprende a ser membro da sociedade.” Outro processo de socialização é a escola, responsável por socializar os conhecimentos construídos pela sociedade que abrangem um cabedal diverso e amplo o suficiente para que as crianças e adolescentes terminem esse período escolar munidos o bastante de ferramentas para viver conscientemente na sociedade, dominando seus fundamentos científicos, históricos, sociais, políticos, lingüísticos, geográficos, artísticos, etc. Na escola, a socialização passa pela mediação d aquisição e formalização da linguagem escrita, a qual se constitui em um longo percurso que vai desde os primeiros passos na alfabetização até o domínio da escrita, leitura e interpretação dos textos mais complexos, no final do processo de escolarização. Tal domínio é de fundamental importância para a socialização em uma sociedade praticamente baseada na escrita.
2. DESENVOLVIMENTO
A figura do professor no processo de socialização é vista por Dewey (1971) como aquele responsável pela organização das experiências dos alunos, segundo os interesses apresentados por estes, de modo que possam desenvolver suas capacidades. O professor torna-se, nessa concepção, o líder das