Resenha do livro o queijo e os vermes
Osiel Soares Santana Acadêmico do curso de Direito da Faculdade AGES - 2012-2
Biografia: Carlo Ginzburg, historiador e antropólogo italiano, renomado como um dos pioneiros no estudo da micro história, estudou na Scuola Normale Superiore de Pisa, como também no Warburg Institute de Londres, tendo ensinado história moderna na Universidade de Bolonha e nas universidades de Harvard, Yale e Princeton, e na Universidade da Califórnia, Los Angeles, aí ocupando, durante duas décadas, isto é, desde 1988, a cadeira de história do Renascimento italiano, e, atualmente, ocupa a cadeira de história cultural européia na Scuola Normale Superiore de Pisa. Tornou-se mundialmente conhecido com a obra O queijo e os vermes (Il formaggio e i vermi, 1976), que versa sobre a vida de um camponês em Montereale Valcellina, Itália.
Trata-se de Domenico Scandella, chamado Menocchio, um moleiro do norte da Itália, que no século XVI atreveu-se a desafiar os poderes da inquisição, afirmando que a origem do mundo estava na putrefação. Segundo Menocchio, tudo era um caos, isto é, terra, ar, água e fogo juntos, num só volume em movimento, formou uma massa, do mesmo modo como o queijo é feito do leite, e do qual surgem os vermes, e esses foram os anjos.
Domenico Scandella, mais conhecido pela alcunha de Menocchio, casado, com 7 filhos, nascido em 1532, morador de Montereale, pequena aldeia nas colinas de Friuli, norte da Itália, tinha a profissão de moleiro, dentre outras, como carpinteiro, marceneiro, pedreiro, etc., figura um tanto quanto polêmica e esquisita, que, sendo moleiro, como tal se vestia: capa e capuz de lã branca. Era “paupérrimo”, segundo declarara aos inquisidores, dizendo possuir apenas “dois moinhos de aluguel e dois campos arrendados”, com o que sustentou e sustentava sua “pobre família”. Porém, sua vida social em Montereale