Fundamentos Pedagógicos Pastorais e Estruturas Eclesiásticas
A complexidade a respeito da historiografia religiosa é muito abrangente. O motivo, são as inúmeras teorias, e as escolas teológicas divergentes no que diz respeito as interpretações dos textos, e mais uma série de fatores.
No entanto, a história da leitura e a história da recepção bíblica são semelhantes em seus projetos historiográficos. Dependendo da maneira que o livro é lido, ele faz sua história, ele se constrói, segundo críticos literários e historiadores; e a Bíblia é um exemplo disso, haja vista os seus escritos atravessarem o inexorável tempo e nunca perderem a sua atualidade e validade sendo um clássico da literatura, um Best-seller, principalmente no ocidente, segundo a visão dos laicos. Para os literatos ela é o arquétipo do texto canônico. O autor se refere com muita propriedade sobre mutação dos livros e dos homens que, no caso do livro, muda com as diferentes perspectivas históricas, ou seja, que depende da historicidade da recepção, conforme o leitor o recebe, de acordo com sua visão e entendimento, será interpretado. A educação, o nível intelectual, o meio cultural e social em que o leitor vive são requisitos para essa direção. A Bíblia também se insere nesse contexto, pois ela é sempre interpretada com sentido totalmente diverso, mesmo nas comunidades iguais requerendo mais investigação dos historiadores e teólogos. Temos como exemplo, os textos apocalípticos de João. Assim sendo acaba-se sempre entre paradigmas a serem estudados, alguns necessitam serem quebrados. Na leitura e interpretação bíblica sempre irá existir opiniões diferentes no que se refere ao sagrado e ao profano. Sempre gerará polêmicas, discussões e principalmente, descriminações entre religiões, religiosos e o leitor laico.