Do centro d. vital à universidade
Tânia Salem
Publicado em Simon Schwartzman, organizador, Universidades e Instituições Científicas no Rio de Janeiro, Brasília, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 1982, pp.97-134
Introdução O panorama histórico dos anos 20 A reação católica O Centro D. Vital sob a direção de Jackson de Figueiredo: a cosmovisão católica e o ideário educacional O Centro D. Vital sob a direção de Alceu Amoroso Lima: modificações processadas no caráter do movimento e a reaproximação da igreja com o estado
1. A Igreja frente ao ensino primário secundário e normal 2. A Igreja e o ensino superior
Conclusão Fontes citadas Referências Bibliográficas Entrevistas Outros Documentos
Introdução O propósito desse trabalho é o de reconstruir o trajeto verificado entre a fundação do Centro D. Vital do Rio de Janeiro (1922) - de onde eclode o movimento católico leigo nos anos 20 - e a criação das Faculdades Católicas, futura Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1941. Enfocar-se-á no ideário católico que justifica e impulsiona a criação de um estabelecimento próprio de ensino superior e, paralelamente, se buscará depreender os elos institucionais intermediários entre as duas referidas organizações. Ainda que o interesse central se refira à atuação da Igreja na esfera da educação superior, incursiona-se também na postura por ela assumida, nessas duas décadas, frente aos debates pedagógicos sobre os outros níveis do ensino. Após um breve histórico sobre a emergência do movimento de "reação católica" na década de 20, dividiu-se o exame da questão segundo um marco cronológico relacionado à dinâmica interna do grupo católico e que se refere à mudança na chefia do Centro D. Vital. O primeiro período - que vai de 1922 a l928 - cobre os anos em que a liderança do laicato coube a Jackson de Figueiredo; o segundo compreende de 1928 a 1941, quando o movimento se encontrava encabeçado por Alceu Amoroso