Fundamentos filosoficos
A Educação no Brasil tem sido alvo de muitos estudos e pesquisas no sentido de não só descobrir seus problemas, mas, também, contribuir para a solução dos mesmos. Este trabalho procura revelar uma pequena parte da escola na sua imanência e levantar alguns pontos para reflexão dos educadores e interessados na educação brasileira.
Um dos instrumentos usados pela Indústria Cultural, de fácil acesso à população, é a televisão. Ela chega à escola, quer através de programas governamentais, quer através de informações veiculadas por professores, alunos, diretores e funcionários. Com isso, cria necessidades que muitas vezes não se tem, por meio dos mais diversos recursos visuais, com efeitos especiais e publicidade, com uma linguagem de sedução e convencimento, despertando o desejo de consumo. Reforça estereótipos muitas vezes cri- ticados por todos nós quanto a preconceitos, raças, classes sociais etc. Desta maneira, contribui para deformar a percepção da realidade, por meio da re- produção de situações que passam a fazer parte do cotidiano.
Além dos meios de comunicação, a Indústria Cultural também invade a escola através de material pedagógico-didático. Sob o pretexto da moder- nização, tem-se a impressão de que quem não adere a este movimento está trabalhando de maneira retrógrada.
O grande apelo das editoras, que a cada ano fazem seus inúmeros lançamentos, conquistando professores e alunos com materiais atraentes, ganha a cada dia um terreno maior e rendoso. Com isso, também a escola tem auxiliado na fabricação de pequenos consumidores. Como exemplo dis- so, podemos citar o que acontece em escolas particulares, onde se adota o uso obrigatório de agendas escolares com personagens em destaque no momen- to: Menino Maluquinho, Xuxa, Angélica etc. Não se procura despertar o aluno para a função em si (da agenda), mas para o consumismo desenfreado de mercadorias capazes de promover a identificação e