Fundamentos de alfabetização
Concepção Inativa: Parte do pressuposto de que o conhecimento é inato, onde os filhos herdam dos pais, isso é, os valores são hereditários. Segundo essa concepção, as crianças já nascem com características definidas (Dom) que irão se desenvolver ao atingir a maturidade. Mediante a esse processo, tanto a escola quanto o professor não podem ser responsabilizados se a criança não aprende, pois, se não aprende, é porque não herdou a sabedoria dos pais, nasceu sem um pré-requisito. Numa análise existencialista esta é uma concepção irracionalista e taxativa, pois, ao afirmar, por exemplo, que por laços hereditários o “Filho de ladrão vai ser ladrão, ou, que filho de gay vai ser gay” e por ai em diante, a complexidade em questão pode desencadear concepções discriminatórias, preconceituosa e racista. Em contraposição a esse pensamento, dentro de uma ótica existencialista observa-se que: “Nada define o homem antes de existir, pois ele não está determinado a ser alguma coisa segundo padrões anteriores, o homem não possui uma essência” (SARTRE, Jean Paul).
Na Concepção Inativa, o papel do alfabetizador e da escola é quase nulo, pois sem os valores hereditários, não tem muito a se fazer. Nesse sentido, a responsabilidade praticamente é retirada do alfabetizador, e a criança passa a ser rotulada como incapaz de aprender.
Concepção Ambientalista: É uma concepção baseada no empirismo, isto é, conhecimento através dos experimentos sensoriais, observação do mundo natural através do sentidos (LOKE, John). A criança não nasce com o dom, o conhecimento é dado através dos professores e livros. O ensinamento é imposto pelo professor e a criança concebe de maneira passiva. Usa-se métodos de memorização, onde as informações são obtidas por aquilo que o professor