fundamentos da arte
O bem, a lei e a justiça foram alvos de análises dos sofistas, professores atenieneses da juventude no século V a.C. Suas teses foram ousadas e contraditórias. Foi necessário esperar por Sócrates, pedagogo e filósofo definisse valores morais, profissões, o governo e o comportamento social para que enfim uma apreciação das artes fosse também iniciada através de uma pergunta que fizera ao pintor Parrésio: O que determinada pintura representaria?
Platão pensou em três problemas relacionados à Arte. O primeiro deles versava sobre a essência das obras pictóricas e escultóricas em comparação à realidade. O segundo deles a sua relação com a beleza e o terceiro: quais os efeitos morais e psicológicos da música e da poesia; desta forma transformando em problema filosófico a relação da existência e a finalidade das artes.
Anos mais tarde Aristóletes teorizaria a primeira concepção explícita de Arte, a “Poiésis”, mas foi no renascimento que se deu a união teórica de belo e arte, surgindo daí uma reflexão filosófica que derivou-se em “Estética”, surgindo a ciência que fez da beleza o objeto fundamental. Para tal ciência Arte era um produto da atividade humana que por obediência a determinados princípios produzia artificialmente aspectos mútiplos da beleza universal, que era apanágio das coisas naturais.
Kállos, tékne, póiesis – o conceito de belo (to kalón) teve nas culturas e filosofias gregas, implicações morais e intelectuais que condicionaram o alcance do seu sentido estético, o qual nem sempre foi predominantemente, nem esteve relacionado à arte, na concepção estrita do termo. Ars, artis, palavra latina da qual a nossa derivou corresponde ao grego tékne, que siginifica todo e qualquer meio apto à obtenção de determinado fim, e que é o que se contém na idéia genérica de qualquer arte. Quanto à poiésis, de significado semelahnte à tékne, a aplica de forma especial Aristóteles para designar a poesia e a arte.
O belo na análise