Fundamento religioso pode se tornar uma doença mental
Quando foi questionada sobre o futuro da neurociência, Kathleen afirmou que “uma das surpresas pode ser ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem ser tratadas”, descreveu o jornal Times of London.
“Alguém que se tornou, por exemplo, radical em relação a uma ideologia - podemos deixar de ver isso como uma escolha pessoal resultante do puro livre-arbítrio e podemos começar a tratar isso como algum tipo de distúrbio mental”, disse a pesquisadora. “De várias formas isso pode ser uma coisa muito positiva porque sem dúvida as crenças em nossas sociedade podem provocar muitos danos.”
A autora deixou claro que não estava se referindo apenas ao fundamentalismo islâmico, mas também a cranças como a de que espancar crianças é aceitável.
Kathleen é autora do livro Brainwashing: The Science of Thought Control (Lavagem cerebral: a ciência do controle de pensamentos, em tradução livre), em que explora a ciência por trás das táticas de persuação de grupos como a Al Qaeda. “Todos nós mudamos as nossas crenças. Todos nós persuadimos uns aos outros para fazer coisas; todos nós assistimos publicidade; somos todos educados e experimentamos religiões; a lavagem cerebral é o extremo disso; é coercitiva, forte, um tipo de tortura psíquica”, disse ela em um vídeo no YouTube. A pesquisadora também é uma das que se preocupam com a ética de se aprofundar muito no cérebro humano, como as tecnologias que podem escanear ou manipular neurônios.
Fonte: Revista Galileu, notícias / neurociência por Tatiana de Mello Dias