Funcionalismo e estruturalismo

2º EM :: Funcionalismo e estruturalismo
[Depois de um longo e tenebroso verão sem postar, finalmente eis aqui o primeiro conteúdo do segundo conjunto da H23. \o/ Obrigada pela paciência, queridas e queridos]
Neste conjunto veremos duas linhas teóricas importantes da antropologia: os funcionalistas e o estruturalistas. Ambas as abordagens partem de um mesmo modelo interpretativo da sociedade, que chamamos de "modelo orgânico". Nesse modelo, compara-se a estrutura e o funcionamento da sociedade àqueles de um organismo vivo. É como se comparássemos a sociedade ao corpo humano, por exemplo.

Numa comparação desse tipo, compreendemos que um todo (o corpo / a sociedade) é formado por partes (órgãos / instituições sociais como famílias, Estado, sistema educacional, etc) que também podem ser desmembradas empartes menores (células / indivíduos, grupos, etc.). O esquema abaixo ajuda a entender um pouco essa interpretação.

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Assim como no corpo humano, as partes desempenham atividades, ações específicas. Essas ações e práticas das partes as conectam com outras partes, ajudando a sustentar a estrutura do todo. A estrutura seria o que mantém as partes juntas. No caso da sociedade, chamamos de "estrutura" tudo aquilo que "permanece" e que independe da ação individual para existir. Quer dizer, se uma célula de um órgão morrer, o órgão provavelmente continuará funcionando. Ao mesmo tempo, se muitas células deixarem de funcionar ou mudarem seu comportamento, o órgão sentirá os efeitos disso, afinal, é feito de células (como consequência, o corpo também, pois é composto pelos órgãos).

Esse modelo já foi contestado e criticado, claro, na própria antropologia. A principal crítica a ele, é que ele não é exatamente dinâmico como a sociedade e as pessoas. Quer dizer, um indivíduo poderia ser, ao memso tempo, um órgão, ou células de diferentes órgãos, por exemplo. Além disso, os órgãos do corpo e dos organismos vivos em geral têm