Fumo e doença periodontal

O fumo é associado a inúmeras patologias e responsabilizado por altos índices de mortalidade em todo o mundo. Os malefícios provocados pelo hábito de fumar são abordados por diferentes profissionais da área da saúde. A fumaça do cigarro resultante da combustão incompleta do tabaco é constituída por uma mistura heterogênea, da qual fazem parte a nicotina e o monóxido de carbono (CO), que são as principais substâncias químicas responsáveis pelos efeitos deletérios do fumo nos tecidos periodontais.

Tabagismo e doença periodontal

A doença periodontal é considerada como uma infecção oportunista, como resultado das interações entre os agentes causadores (placa bacteriana) e as respostas do hospedeiro, que pode ser modulado por fatores de risco genéticos, ambientais e adquiridas. Além de ser um fator de risco para diversas doenças sistêmicas, o tabagismo também tem sido associado com a doença periodontal. O objetivo desta revisão foi o de fornecer um resumo dos dados disponíveis, a fim de dar uma melhor compreensão da relação entre o cigarro e doença periodontal.

O consumo do cigarro

Estatísticas Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde realizado pelo Australian Bureau of Statistics 2004-05, 23 % dos adultos (cerca de 3,5 milhões) na Austrália foram fumantes e 92% deles foram relatados fumantes diários regulares. No relatório da Nielsen Austrália, entre as top 10 marcas de supermercado de 2007, dois de seis eram marcas de cigarros, com vendas no valor de US $ 250 a mais de $ 750,000,000.
O cigarro é composto por substancias viciantes e prejudiciais. O fumo de tabaco contém mais de 3800 substâncias químicas, incluindo monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio, radicais reativos oxidantes, entre outros. Sessenta desses produtos químicos são considerados ou suspeitos de serem agentes cancerígenos.
Em 2014 o relatório “Consequências do fumo na saúde” do United States Surgeon General , apontou quatro principais conclusões :
1) Fumar prejudica