Frutos de uma evolução

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Em meados do século XIX, uma bomba caiu no colo da humanidade. Um cientista inglês, geólogo e naturalista, ameaçou o nosso lugar sobre o pedestal dos seres vivos. Charles Darwin colocou-se na companhia de todos os outros animais – afirmou que todos somos frutos de uma mesma evolução biológica. Nossos parentes mais próximos: os primatas.

Darwin seguiu na contramão da superstição, de todas as crenças fixadas nas mentes de praticamente todas as pessoas. Foi um choque sem tamanho para os humanos; pudera, pois Darwin atacou a “verdade” absoluta supersticiosa da sociedade. Muitos riram de Darwin, chamando os macacos do zoológico de ancestrais do grande cientista. Outros simplesmente ignoraram a idéia, já outros chegaram ao ponto de agredi-lo. Darwin já pensara em tal reação, não foi por menos que guardou sua idéia original por 12 anos. Quando publicou The Descent Of Man, já tinha consciência de que os humanos também eram frutos da evolução; a rejeição de certa forma fazia parte da idéia.

Passado um tempo, a ciência confirmou as palavras, a idéia darwinista; encontrou provas inequívocas da veracidade. Neste momento, uma saída para a preservação de uma parte das crenças ligeiramente foi construída: “Certo, somos animais que, como os demais, participamos do processo evolutivo, mas acreditamos ser essa evolução um progresso: caminha-se do mais simples ao mais evoluído, ao mais elaborado, situando-nos na ponta superior”. Com esta saída, nossa prepotência se manteve intacta: continuamos no nosso lugar sobre o pedestal dos seres vivos. Esta saída, ou melhor, esta visão justifica o domínio do homem sobre o planeta. Arrogando-nos a exclusividade da razão, colocando todo o resto aos nossos pés.

Independente das maravilhas criadas pela humanidade somos os maiores predadores que já existiram. Se não destruímos a terra (ainda) com nossos “brinquedos atômicos”, por outro lado acabamos com a água limpa e doce, com o bom ar, com as florestas e com as OUTRAS espécies. Bela

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