Fruta do piqui
O Piqui é uma planta [Caryocar brasiliense Camb. Família caryocaraceae] que dá um caroço amarelado depois de seco ao sol. Em Goiás e Mato Grosso faz-se um arroz de piqui ou um frango de piqui, que fica com um gosto base seco e um pouco doce. A princípio parece que o paladar é coisa pouca – e até é – mas depois fica um gosto agradável na boca por horas, mesmo quando – como mandam as regras – se escovam os dentes após a refeição. O cheiro do piqui também não é forte, mas impõe-se. Se alguém no prédio cozinhar piqui, todos os vizinhos darão conta. É uma planta humilde, esforçada, trabalhadora, um pouco seca mas simpática – características também dos habitantes das regiões onde ela é apreciada. (CAVALCANTI, 2006)
Com uma particularidade. Para se comer o piqui, há que tirar lascas do seu polme com um faca, ou roê-lo na ponta dos dentes. Não se pode morder o seu centro, que é feito enorme quantidade de espinhos que se soltam e espetam na boca, lábios e língua. Em Goiás são comuns as histórias sobre políticos grandes, candidatos a qualquer coisa vindos em campanha de outras regiões do Brasil, e que mesmo quando avisados pelos locais resolveram numa bravata fincar os dentes num caroço de piqui – acabando, naturalmente, no hospital mais próximo. (FERREIRA, 2001).
Nome Popular: Piqui ou Pequi.
Nome Científico: C. brasiliense
Família Botânica: Caryocarácea
Características Gerais: Piqui ou pequi origina-se do Tupi “pyqui”, onde py = casca, e qui = espinho ( Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, 1983), referindo-se aos espinhos do endocarpo do fruto (parte dura do caroço). Árvore que atinge 10 m de altura, o piquizeiro é uma das mais importantes plantas para a alimentação do homem do campo e que cada vez mais conquista destaque nos cardápios dos restaurantes de comidas típicas da região. Ocorrendo em campo, cerrado, cerradão e em “murunduns”da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, é