Froyen
Relações Internacionais 2º período Noite O Sistema Clássico (II): Moeda, Preços e JurosPara entender a determinação do nível de preços no sistema clássico, é necessário analisar o papel da moeda. Na teoria clássica, a quantidade de moeda determina o nível de demanda agregada, que, por sua vez, determina o nível de preços. O ponto de partida da teoria quantitativa da moeda é a equação de trocas, uma identidade que relaciona o volume de transações, avaliadas a preços correntes, com o estoque de moeda multiplicado pela taxa de circulação da moeda. Na forma utilizada por um dos mais proeminentes teóricos quantitativistas, o americano Irving Fisher, essa identidade é expressa como MV=P T. Onde, M é a quantidade de moeda, VT é a velocidade transação da moeda, PT é o índice de preços dos itens transacionados, e T é o volume de transações.
Fisher argumentava que, no equilíbrio, a velocidade da moeda era determinada pelos hábitos e tecnologias da realização dos pagamentos na sociedade. Para dar apenas alguns exemplos, fatores como o período médio de pagamentos, o uso de contas ou cartões de crédito e a ocorrência de empréstimos entre as empresas afetam a velocidade da circulação da moeda. Para qualquer nível fixo de renda, prazos de pagamento mais curtos levam a uma redução dos estoques monetários médios mantidos durante o período e, em decorrência, ao aumento na velocidade de circulação. O uso frequente de contas de crédito por parte dos consumidores ou de empréstimos entre as empresas também aumenta a velocidade, o número de transações por unidade monetária. Segundo Fisher e outros teóricos quantitativistas, o valor de equilíbrio da velocidade era determinado por tais fatores institucionais e, no curto prazo, podia ser considerado como sendo fixo.
A abordagem de Cambridge, assim chamada em homenagem à Universidade de Cambridge - a origem acadêmica de seus criadores, Alfred Marshall e A.C. Pigou3 também postulou a existência de uma