FREUD E CHARCOT
MESTRADO EM PSICANÁLISE NA EDUCAÇÃO E SAÚDE
RESENHA DA OBRA MESTRE CHARCOT E SEU AVESSO, OU A HISTERIA É TRAUMÁTICA
ALUNA: ANA CECÍLIA MELO DE MIRANDA LOSADA
RECIFE / PERNAMBUCO
2013
A origem do pensamento psicanalítico está ligada diretamente aos nomes de Sigmund Freud e a Jean Martin Charcot.
Inicialmente, Freud chega à França e inicia seu estágio no Hospital da Salpêtrière onde se encanta pelo trabalho de Charcot, dedicado à histeria e neuroses traumáticas.
O mestre da Salpêtrière pode através de suas pesquisas experimentos, retirar a histeria de uma visão religiosa e enquadrá-la à investigação médico-cientista.
Freud compara positivamente, o mestre Charcot a Philippe Pinel, ele percebe os dois com um “gesto despertador”, à medida que ambos travaram uma luta para tratar os doentes como doentes e não como criminosos, o que era muito comum na época.
Ocorreu então uma distinção entre alienados e não alienados que se deu graças às soluções dadas pelos tribunais, bem como a separação de médicos neurologistas e alienistas. Pinel teve que priorizar o estudo dos distúrbios do intelecto, por isso organizou a sua nosografia e do campo do saber psiquiátricos.
Após essa fragmentação, Charcot tentou fazer com que a histeria fosse caso de neurologistas, mas Babinski, embasado nos estudos de símbolos e signos expulsou definitivamente a histeria dessa área. Essa semiologia perdura-se até os dias de hoje.
Posteriormente, o movimento da neurose histérica ocupou um lugar de “neurologia de base incompreensível” e logo que foi reconhecida a psiquiatria não usou mais os termos neurose e histeria na sua classificação diagnóstica.
Dentre os neuróticos estavam agrupados os histéricos e epiléticos, uma vez que existiam alguns traços em comum, Charcot logo achou de individualizar os sintomas crônicos e separou o tipo histérico tal qual Pinel, aos seus alienados.
Alguns aspectos importantes dessa neurose já estavam claros para Freud