Fredric
Texto: A indústria cultural “O iluminismo como mistificação de massas”
O texto fala que os setores (rádio, cinema, televisão, revistas...) são coerentes em si e em conjunto, tanto nas manifestações estéticas como nas tendências políticas. Dizendo isso Adorno promove a reflexão a respeito dos padrões estabelecidos, do que se costuma vulgar e contumazmente se apresentar nos meios de comunicação - que constitui para ele “o mesmo louvor do ritmo de aço”- como “evolução”.
Para Adorno até na arquitetura um projeto de individuação mentiroso reforça a ideia de que todos têm seu espaço, sua individualidade, mas que na verdade são enclausurados em “pequenos apartamentos idênticos”, destinados a perpetuar essa falsa concepção.
Para ele o macro e microcosmo são continuidades imperceptíveis devido ao plano ideológico, que paradoxalmente, é gestado pelos meios de comunicação, com a intenção única de vender e perpetuar a cultura do lucro acima de qualquer coisa. Como fazer isso? Pela própria inserção de padrões, padrões que segundo o que querem fazer pensar, são estabelecidos pela própria clientela a quem eles se destinam, “...o recurso aos desejos espontâneos do público torna-se uma desculpa esfarrapada.”, pois é dentro das perspectivas coletadas que busca a indústria cultural alternativas para que o público se assemelhe a ela. Esse é o instrumento da indústria cultural, conhecer o universo a quem ela se destina usando desse conhecimento para manipular de acordo com os seus interesses.
Numa tentativa de nomear os mais poderosos níveis dessa indústria, o autor cita os setores do aço, petróleo, eletricidade e química. Segundo ele são esses segmentos as molas propulsoras da indústria cultural, eles ditam as necessidades mais “prioritárias” da sociedade em favor da venda de seus serviços. A esses setores somam-se então outras unidades menores que constitui uma “...unidade implacável da indústria cultural...” unidade em formação política.