Fraturas de pelve
Anatomia:
A pelve é formada pelos ossos do ilíaco, do ísquio, da púbis em cada lado de uma hemipelve conectados ao osso do sacro na região posterior. Em conjunto as duas hemi-pelves e o sacro formam um anel. As conexões são as articulações sacro-ilíacas na região posterior e a sínfise púbica na parte anterior.
Epidemiologia:
Traumas de alta energia como acidentes com veículos automotores ou quedas de grandes alturas, podem ocasionar tais lesões. Estes traumas são graves e com grande chance de morte, em decorrência do sangramento que produzem ou das complicações decorrentes deste como a trombose venosa profunda e a infecção. Seqüelas esperadas é a dor crônica, a alteração do formato da pelve, e a presença de lesões neurológicas quando o sacro é afetado. Aqueles indivíduos que apresentam as fraturas do anel pélvico, tem outras lesões anexas comumente, caracterizando o chamado politraumatizado.
Intensidade:
- Fraturas de baixa energia: quedas em casa, traumatismos esportivos e acidentes de veículos em baixa velocidade.
- Fraturas de alta energia: acidentes de veículos em alta velocidade, atropelamento, quedas de grandes alturas e esmagamento.
Tratamento:
O tratamento visa no primeiro momento ao controle do sangramento, com o uso de fixadores externos que tem como objetivo salvar a vida e no segundo momento quando o paciente estiver estabilizado de suas condições hemodinâmicas de evitar as seqüelas tardias como a dor e a deformidade do anel. Este segundo tempo poder levar dias para acontecer sendo melhor quando até em duas semanas.
O tratamento definitivo esta baseado no restabelecimento da forma do anel, fixando as lesões de uma maneira rígida e lesando o mínimo possível os tecidos sadios. Diversas técnicas podem ser empregadas de preferência minimamente invasivas (MIS), utilizando diversos tipos de materiais desde fixadores externos,