Franz Boas por Celso Castro
CONTEXTO: físico > geógrafo > antropólogo. Estuda os inuits a partir de 1883. Contexto de imperialismo e racismos fortes. Alemanha de Bismarck = onda nacionalista e fortalecimento do antissemitismo. Vai para os EUA, onde espera encontrar oportunidades iguais e liberdades fortes = encontra o racismo e a segregação racial intensa.
MÉTODO: Crítica ao método do evolucionismo cultural (1896) = método comparativo = busca de leis que governam o desenvolvimento da sociedade. Antes de supor que fenômenos semelhantes podem ser atribuídos às mesmas causas (desenvolveram-se da mesma maneira) é preciso prová-lo. “Não se pode dizer que a ocorrência do mesmo fenômeno sempre se deve às mesmas causas, nem que ela prove que a mente humana obedece às mesmas leis em todos os lugares”. Crítica aos determinismos geográfico, racial, psicológico e econômico e ao difusionismo (que ocorreria somente em áreas próximas).
MÉTODO DA INDUÇÃO EMPÍRICA = exige limitação a um território restrito e bem definido. As ideias variam, tendo causas externas e/ou internas = desenvolvimentos múltiplos para aspectos semelhantes em diferentes culturas. É necessário que só sejam feitas comparações entre fenômenos de mesma causa comprovada = comparabilidade. Estudo detalhado de costumes em sua relação com a cultural total, em conexão com a distribuição geográfica e tribos vizinhas = precisão das causas históricas que levaram à formação de algo. > revelam três possibilidades de criação: condições ambientais, fatores psicológicos ou conexões históricas. Não se pode amarrar fenômenos na camisa de força de uma teoria > os traços culturais devem ser observados em sua totalidade = traços simbólicos em redes de significado. O meio ambiente exerce efeito limitado sobre as culturas, não é seu modelador primário. Há trocas culturais entre povos = casamento, guerra, escravidão, comércio.
O relativismo não cai no niilismo ou num vazio = a experiência produz a interioridade, que deve ser