frank gehry
Aluna: Camila Vieira Centeno
O artigo divide a arquitetura em duas: a arquitetura do espetáculo e a arquitetura de ofício. A arquitetura de espetáculo se caracteriza pela complicação formal (que é diferente de complexidade), excesso de elementos, uso de referências não arquitetônicas e geometrias obscuras, resultando em objetos que tem pouca semelhança com edifícios e pouca relação com as atividades realizadas dentro deles. Esse tipo possui um entendimento equivocado do que é criatividade, abrindo a mão da habilidade de atender demandas reais bem delimitadas para se tornar algo imprevisto, inédito e surpreendente. É o reflexo do momento cultural em que vivemos, dominado pelos princípios da economia de mercado, da propaganda e do marketing, o que faz com que os arquitetos tenham mais preocupação em causar impacto visual do que realmente servir à sociedade. Esse tipo de arquitetura possui um aspecto paradoxal, pois se originou das tendências pós-modernas que criticavam a arquitetura moderna por desconsiderar a tradição como ponto de partida do projeto e a incessante busca pelo novo, e apontavam como saída desse impasse a retomada de valores formais históricos e a realização de uma arquitetura que o público pudesse ter maior identificação – no entanto, o que se vê hoje é uma arquitetura que não possui nenhuma característica considerada essencial para superar a moderna, embora muitos autores sejam louvados como campeões da “arquitetura-para-o-povo” e do “pós-modernismo”. Em qualquer uma de suas demonstrações vemos o abuso de metáforas para explicar suas criações e a exaltação do novo como valor primordial. Podemos dizer que os principais problemas da arquitetura de espetáculo são: a exacerbação do caos visual; a falta de sistematicidade – não ensinam nada e não podem ser reproduzidos; a incapacidade de se incorporarem a entornos urbanos diversos, mas ordenados; e a ausência de valores universais e critérios