Fracasso escolar
Na Zona Rural de Caruaru - PE, há aproximadamente 01 hora da cidade, mora a família do Sr. Irineu Leandro.
Irineu é casado com Josefa, e tiveram 13 filhos.
O chefe da família, analfabeto, trabalhava na roça com plantação de pimentão, tomate, feijão, arroz e ainda fazia carvão para sustentar a família.
Os filhos, aos oito anos de idade já tinham que levantar as 05h da manhã para ordenhar as vacas, cortar ração para o gado, buscar água para a família e para os animais.
As meninas, ficavam em casa com a mãe, que era semi-alfabetizada, ajudando nos serviços domésticos e por volta de 11 anos, já estavam trabalhando em casas de famílias de melhores condições financeiras. Muitas vezes, casavam-se ainda na adolescências com homens bem mais velhos, e repetiam a mesma vida dos pais.
Se alguma coisa caísse no chão, ou derramassem acidentalmente água ou leite, apanhavam. Sofriam constantes castigos físicos.
Havia apenas uma escola no sítio, e como o cansaço era muito grande devido trabalho exaustivo, as crianças começavam a freqüentar o grupo escolar, mas desistiam porque além de trabalharem o dia todo tinham que andar aproximadamente 1h, sem energia elétrica para chegar na escola. O professor por sua vez, tinha muito gado e oferecia dinheiro para os alunos saírem durante as aulas para cuidar das suas ovelhas. Já as meninas eram educadas para serem donas de casa e para isso, não precisavam estudar.
Na maioria das vezes, também não tomavam banho porque a seca no Nordeste era muito grande.
Dos 13 filhos do Sr. Irineu, 2 morreram ainda pequenos e um deles morreu afogado aos 13 anos de idade porque tinha ataques de epilepsia e não tinham acesso a médicos.
Dos dez filhos restantes, 5 foram para São Paulo tentar a vida, mas nenhum deles conseguiu estudar além do primeiro grau. Como São Paulo é uma cidade acolhedora, e os nordestinos muito dispostos para o trabalho braçal, os cinco irmãos conseguiram trabalhar e